domingo, outubro 14, 2007
quinta-feira, setembro 27, 2007
Um texto ao léu...
A moda é fast food...
Esse jornal. Esse jornal que circula por aí: Sem Revestimento. Pra quê que serve esse negócio?
Quem é que escreve isso? Eles acham que eu tenho esse tempo todo pra ficar lendo? Olha o tamanho dos textos! E não trás nada de interessante. Dinheiro jogado fora...
Além do mais, está fora de moda. Devia seguir as tendência dos grandes grupo de comunicação. Vocês já viram, né? Aquele”Hora de Santa Catarina”, ou aquele “Notícias do Dia”. Aquilo é uma tendência mundial. Notícias breves, diz o que tinha que dizer e deu. Nada de ficar enrolando. E olha que ainda é jornal impresso, coisa atrasadíssima nesse tempo de internet. Hoje em dia ninguém mais tem tempo pra ficar lendo jornal, o mundo já corre em outra velocidade.
A moda agora é a seguinte:
Você sai de casa, mas nem sente. Isso porque você só caminha até a garagem. Lá você já adentra ao seu possante, abre o portão eletrônico e sai tinindo. Vidros fechado. Ah! O ar condicionado...
Seu possante é uma maravilha, tem som de qualidade, o motor nem faz barulho. O transito está caótico, mas essas artimanhas do seu carro não permitem que você fique estressado.
Chega ao trabalho, ou à ARQ, faz o que tem que fazer e só. A vida segue, há muito por fazer, o mercado é competitivo. Camarão que dorme a onda leva...Na hora da refeição, vai ao fast food. Come e sai, nada de fazer a sesta, nada de ficar de papo furado com os amigos. Aliás, amigos? Que nada, no fundo são todos concorrentes.
Enfim, passou o dia e você nem se deu conta do que fez. Mesmo porque você não fez nada, fizeram com você...
- Fizeram comigo??? O quê??? Você está supondo que eu não fiz o que fiz por escolha própria??? Ora, quanta pretensão!
É, achamos que somos livres e independentes. Claro, temos razão, quando vamos ao fast food podemos escolher o sanduíche do emezão ou o do bezão, quer mais liberdade que isso? Dizem que na China todos tinham que usar roupas iguais! Já pensou, que horror! Nenhuma originalidade!
...
Ok, ok, estou exagerando em alguns pontos. Eu sei. Mas dizem que o exagero é uma forma de arte muito utilizada no cinema e na literatura, realismo fantástico, essa coisa toda. Gabriel García Márquez é um gênio dessa arte.
Jornalista ele, o Gabriel. Provavelmente fora de moda. Agora digo sem exagero: a arte está fora de moda, pensar está fora de moda.
Ah! Opa! Errei. Pensar não está fora de moda. Fora de moda é pensar por pensar. Você deve pensar em coisas úteis, vendáveis, e aí você vende sua idéia. Grande sacada! O mercado é competitivo...
E tem outra, quando eu falo em moda, não é dessas modas que vão e vem não. É um processo que só é possível compreender com clareza se analisarmos as coisas com profundidade. Se analisarmos como nos organizamos enquanto sociedade e porque precisamos andar cada vez mais rápido.
Ora, mas e aí? Vamos ficar perdendo tempo com “como nos organizamos enquanto sociedade” ou vamos arranjar logo as nossas vidas? Aliás, não devíamos nem estar nos perguntando isso. A resposta é óbvia.
Estou fora de moda. Droga!
José Rodolfo Pacheco Thiesen
Esse jornal. Esse jornal que circula por aí: Sem Revestimento. Pra quê que serve esse negócio?
Quem é que escreve isso? Eles acham que eu tenho esse tempo todo pra ficar lendo? Olha o tamanho dos textos! E não trás nada de interessante. Dinheiro jogado fora...
Além do mais, está fora de moda. Devia seguir as tendência dos grandes grupo de comunicação. Vocês já viram, né? Aquele”Hora de Santa Catarina”, ou aquele “Notícias do Dia”. Aquilo é uma tendência mundial. Notícias breves, diz o que tinha que dizer e deu. Nada de ficar enrolando. E olha que ainda é jornal impresso, coisa atrasadíssima nesse tempo de internet. Hoje em dia ninguém mais tem tempo pra ficar lendo jornal, o mundo já corre em outra velocidade.
A moda agora é a seguinte:
Você sai de casa, mas nem sente. Isso porque você só caminha até a garagem. Lá você já adentra ao seu possante, abre o portão eletrônico e sai tinindo. Vidros fechado. Ah! O ar condicionado...
Seu possante é uma maravilha, tem som de qualidade, o motor nem faz barulho. O transito está caótico, mas essas artimanhas do seu carro não permitem que você fique estressado.
Chega ao trabalho, ou à ARQ, faz o que tem que fazer e só. A vida segue, há muito por fazer, o mercado é competitivo. Camarão que dorme a onda leva...Na hora da refeição, vai ao fast food. Come e sai, nada de fazer a sesta, nada de ficar de papo furado com os amigos. Aliás, amigos? Que nada, no fundo são todos concorrentes.
Enfim, passou o dia e você nem se deu conta do que fez. Mesmo porque você não fez nada, fizeram com você...
- Fizeram comigo??? O quê??? Você está supondo que eu não fiz o que fiz por escolha própria??? Ora, quanta pretensão!
É, achamos que somos livres e independentes. Claro, temos razão, quando vamos ao fast food podemos escolher o sanduíche do emezão ou o do bezão, quer mais liberdade que isso? Dizem que na China todos tinham que usar roupas iguais! Já pensou, que horror! Nenhuma originalidade!
...
Ok, ok, estou exagerando em alguns pontos. Eu sei. Mas dizem que o exagero é uma forma de arte muito utilizada no cinema e na literatura, realismo fantástico, essa coisa toda. Gabriel García Márquez é um gênio dessa arte.
Jornalista ele, o Gabriel. Provavelmente fora de moda. Agora digo sem exagero: a arte está fora de moda, pensar está fora de moda.
Ah! Opa! Errei. Pensar não está fora de moda. Fora de moda é pensar por pensar. Você deve pensar em coisas úteis, vendáveis, e aí você vende sua idéia. Grande sacada! O mercado é competitivo...
E tem outra, quando eu falo em moda, não é dessas modas que vão e vem não. É um processo que só é possível compreender com clareza se analisarmos as coisas com profundidade. Se analisarmos como nos organizamos enquanto sociedade e porque precisamos andar cada vez mais rápido.
Ora, mas e aí? Vamos ficar perdendo tempo com “como nos organizamos enquanto sociedade” ou vamos arranjar logo as nossas vidas? Aliás, não devíamos nem estar nos perguntando isso. A resposta é óbvia.
Estou fora de moda. Droga!
José Rodolfo Pacheco Thiesen
quinta-feira, setembro 13, 2007
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